RESUMO.
A Bateria de Avaliação Frontal (FAB) e o teste de rastreio frontal do INECO (IFS) são dois instrumentos frequentemente utilizados para explorar déficits cognitivos em diferentes doenças. No entanto os estudos que relatam seu uso em pacientes com comprometimento cognitivo leve (MCI) são limitados.
Objetivo:
Comparar a sensibilidade e especificidade da FAB e IFS em comprometimento cognitivo leve (subtipo amnéstico de múltiplos domínios [md-aMCI]).
Métodos:
O IFS e FAB foram administrados a 30 pacientes md-aMCI e 59 participantes saudáveis. A sensibilidade e a especificidade foram exploradas usando a análise ROC.
Resultados:
A área sob a curva ROC (AUC) do IFS para pacientes com MCI foi de 0,82 (sensibilidade=0,96; especificidade=0,76), enquanto a AUC de FAB foi de 0,74 (sensibilidade=0,73; especificidade=0,70).
Conclusões:
Em comparação com o FAB, o IFS apresentou maior sensibilidade e especificidade para detecção de disfunções executivas no subtipo md-aMCI. O uso do INECO Frontal Screening (IFS) na prática clínica cotidiana, permitiria detectar com maior precisão as disfunções frontais em pacientes com deficiência cognitiva leve, possibilitando a intervenção precoce, impedindo a transição para alterações cognitivas mais graves.
Palavras-chave:
disfunção cognitiva; testes de estado mental e demência; sensibilidade; especificidade
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