Resumo
Para contribuir com a compreensão dos mecanismos relacionados à sintomatologia e aos sinais associados à erupção dentária, investigou-se a presença de mastócitos nos tecidos pericoronários na fase intraóssea (Grupo 1) e submucosa (Grupo 2), comparando-os entre si e com a mucosa bucal (Grupo 3). Em cada grupo, 14 espécimes foram analisados microscopicamente em cortes corados com hematoxilina e eosina, e imunocitoquimicamente marcados com Ckit e Triptase. Pelos resultados obtidos, concluiu-se que a quantidade/densidade dos mastócitos é diferente nos tecidos foliculares de acordo com a fase de erupção, o que permite inferir que: 1) O traumatismo decorrente da mastigação sobre o conjunto “mucosa bucal com o folículo pericoronário na submucosa” pode explicar porque o epitélio reduzido exporia o esmalte às células do tecido conjuntivo; 2) A exposição das proteínas do esmalte com propriedades antigênicas corresponderia à liberação de antígenos sequestrados que levariam à interação de IgE e mastócitos em número aumentado na região; e 3) A consequente degranulação e liberação de mediadores no local, como histamina, leucotrienes, prostaglandinas, proteases, citocinas e fatores de crescimento, contribuem para a compreensão dos sinais e sintomatologia atribuídos à erupção dentária.
Palavras-chave:
Erupção dentária; Folículo pericoronário; Mastócitos; Odontogênese