RESUMO
Introdução:
Os dentes extranumerários nas fissuras labiopalatinas não são resultado da divisão dos germes normais antes da formação do tecido duro. A odontogênese dos decíduos e permanentes inicia-se depois de formada a face, com ou sem fissuras.
Discussão:
A hipótese mais plausível para compreender a presença dos dentes extranumerários em um ou nos dois lados da fissura labiopalatina é a hiperatividade da lâmina dentária em suas paredes. Essa hiperatividade, com formação de mais germes dentários, deve ser atribuída aos mediadores e genes relacionados à formação dos dentes, sob forte influência de fatores epigenéticos locais, cujo ambiente de desenvolvimento foi afetado pela presença da fissura.
Conclusão:
Os conceitos atuais da embriologia não fundamentam mais a fusão de processos embrionários para a formação da face, e sim o nivelamento dos sulcos entre eles. Todos os dentes humanos têm uma dupla origem embrionária, pois se compõem de ectoderma e mesênquima/ectomesênquima, mas isso não facilita sua duplicação para formar dentes extranumerários.
Palavras-chave:
Dente extranumerário; Hiperdontia; Dente supranumerário; Fissuras labiopalatinas