RESUMO
Introdução:
Os aparelhos funcionais fixos são uma solução para o tratamento da má oclusão de Classe II em pacientes não colaboradores. Porém, o ortodontista deve estar ciente das complicações inesperadas decorrentes do seu uso.
Métodos:
Cinquenta e oito pacientes adolescentes do sexo feminino com má oclusão de Classe II por deficiência mandibular foram tratadas com o aparelho Forsus FRD até se alcançar uma sobrecorreção, com relação de topo a topo dos incisivos.
Resultados:
A relação entre os incisivos e a sobressaliência foram corrigidas com sucesso em todas as pacientes. Vinte e duas pacientes não apresentaram complicações durante o tratamento, enquanto as demais trinta e seis pacientes apresentaram diferentes complicações. As complicações mais comuns foram a rotação do canino inferior e o desenvolvimento de mordida cruzada posterior, com prevalência de 51,7% e 25,9%, respectivamente. As demais complicações incluíram quebra e cisalhamento dos tubos extrabucais das bandas dos primeiros molares, e intrusão excessiva dos primeiros molares superiores.
Conclusões:
O FRD é um aparelho eficiente para o tratamento da má oclusão de Classe II. No entanto, diferentes complicações foram encontradas durante o uso desse aparelho. O foco na tomada de precauções e em medidas preventivas pode ajudar a evitar tais complicações, reduzindo o número de consultas de emergência e melhorando a experiência do paciente no tratamento com esse aparelho.
Palavras-chave:
Má oclusão Classe II; Forsus; Complicação; Aparelho funcional fixo