RESUMO
Objetivo:
comparar as alterações sofridas nos tecidos moles em casos limítrofes de Classe I tratados com extrações e sem extrações.
Métodos:
uma amostra inicial de 150 pacientes com má oclusão esquelética e dentária de Classe I (89 pacientes tratados com extrações de pré-molares e 61 pacientes tratados sem extrações) foi aleatoriamente selecionada e submetida a uma análise discriminante, a qual permitiu selecionar uma amostra de 44 pacientes limítrofes (22 tratados com extrações e 22 tratados sem extrações). Telerradiografias obtidas antes e depois do tratamento dessa subamostra de pacientes limítrofes foram analisadas, utilizando-se 22 grandezas em tecidos moles.
Resultados:
nos casos limítrofes tratados com extrações, houve maior retração dos lábios superior e inferior e um maior aumento na espessura do lábio superior (p < 0,01); bem como o ângulo nasolabial tornou-se mais obtuso e o espaço interlabial sofreu redução (p < 0,01). Já nos casos limítrofes tratados sem extrações, o lábio inferior, o espaço interlabial e o ângulo nasolabial não apresentaram alterações significativas.
Conclusão:
as grandezas em tecidos moles que podem ajudar na tomada de decisão entre o tratamento com e sem extrações nos casos limítrofes de Classe I são: protrusão dos lábios superior e inferior em relação ao plano E e em relação à linha Sn-Pg', protrusão do lábio inferior em relação à linha vertical verdadeira (LVV), a espessura do lábio superior, o ângulo nasolabial e o espaço interlabial.
Palavras-chave:
Má oclusão de Classe I; Casos limítrofes; Análise discriminante; Alterações dos tecidos moles