RESUMO
Objetivo:
Esse estudo comparou o crescimento mandibular em crianças de 7 a 12 anos de idade, com má oclusão de Classe II ou Oclusão Normal, entre os seguintes estágios de maturação das vértebras cervicais: iniciação (I), aceleração (A), transição (T).
Material e Métodos:
No total, 148 telerradiografias laterais (78 meninos, 70 meninas) de pacientes com má oclusão de Classe II e 60 telerradiografias laterais (30 meninos, 30 meninas) de pacientes com Oclusão Normal foram avaliadas. As medidas cefalométricas lineares Co-Gn (comprimento mandibular efetivo), Co-Go (altura do ramo mandibular) e Go-Gn (comprimento do corpo mandibular) foram analisadas e os valores médios dos incrementos entre os estágios (I-A, A-T e I-T) foram obtidos para cada grupo e sexo.
Resultados:
Os resultados foram comparados pelo teste t de Student, e o nível de significância adotado foi de 0,05%. Sexo feminino: houve maior incremento na altura do ramo no grupo Classe II em A-T, que diminuiu em I-T, com menores incrementos no comprimento mandibular efetivo e no corpo mandibular, sem significância estatística. Para o sexo masculino, nos intervalos I-A, A-T, I-T, os incrementos de crescimento foram numericamente menores no grupo Classe II, com significância estatística para o comprimento efetivo da mandíbula em I-A (p= 0,001) e em I-T (p= 0,003). No grupo Classe II, a altura do ramo foi maior para o sexo masculino (p= 0,002) e no intervalo I-T (p= 0,031). No grupo Oclusão Normal, o sexo masculino apresentou o maior comprimento mandibular efetivo (p= 0,038) no intervalo I-A. Nos intervalos A-T e I-T, a altura do ramo mandibular no sexo masculino foi maior e com significância estatística de p= 0,000 e p= 0,002, respectivamente.
Conclusão:
O fenômeno do crescimento afeta as dimensões mandibulares independentemente do característica da má oclusão, com tendência a ser menor na presença da má oclusão de Classe II.
Palavras-chave:
Crescimento e desenvolvimento; Má oclusão Classe II de Angle; Vértebras cervicais