RESUMO
Introdução:
Relatos controversos sugerem uma relação entre o padrão de crescimento e a espessura do osso alveolar cortical e seu efeito no uso de mini-implantes.
Objetivo:
Avaliar a influência do padrão de crescimento na espessura do osso cortical alveolar e na estabilidade e taxa de sucesso dos mini-implantes.
Métodos:
Cinquenta e seis mini-implantes foram inseridos na região vestibular da maxila de trinta pacientes. Esses pacientes foram alocados em dois grupos, com base em seu padrão de crescimento (grupo horizontal [GH] e grupo vertical [GV]). As espessuras corticais foram medidas por meio de tomografias computadorizadas de feixe cônico. A estabilidade dos mini-implantes, tecido mole no local de inserção, sensibilidade durante a carga e o acúmulo de placa ao redor dos mini-implantes foram avaliados uma vez por mês. As comparações intergrupos foram realizadas por testes t de Student, testes de Mann-Whitney e testes exatos de Fisher. As correlações foram avaliadas com o coeficiente de correlação de Pearson.
Resultados:
A espessura do osso cortical foi significativamente maior no GH na região vestibular anterior da maxila e nas regiões vestibulares posterior e anterior da mandíbula. Houve uma correlação negativa significativa entre o ângulo do plano mandibular (FMA) e a espessura da cortical vestibular da maxila, e com a espessura das corticais vestibular e lingual da mandíbula. Nenhuma diferença significativa entre os grupos foi encontrada com relação à mobilidade do mini-implante e taxa de sucesso. Nenhum fator associado influenciou a estabilidade dos mini-implantes.
Conclusões:
O padrão de crescimento afeta a espessura da cortical óssea alveolar em áreas específicas da maxila e mandíbula, com pacientes horizontais apresentando maior espessura da cortical óssea. No entanto, esse fato pode não ter influência na estabilidade e na taxa de sucesso dos mini-implantes na região vestibular posterior da maxila.
Palavras-chave:
Ortodontia; Ancoragem esquelética; Estabilidade