RESUMO
Introdução:
Um efeito colateral observado nos casos tratados com extrações é a instabilidade do fechamento ortodôntico do espaço.
Objetivo:
O objetivo do presente estudo foi investigar a influência da invaginação gengival, da presença de terceiros molares e do padrão facial na estabilidade do fechamento ortodôntico dos locais de extração na arcada superior.
Métodos:
Noventa e nove indivíduos (41 homens e 58 mulheres) com má oclusão de Classe I tratados com extração de quatro pré-molares foram avaliados. A reabertura dos locais de extração e as invaginações gengivais foram avaliadas nos modelos dentários digitalizados nos estágios pós-tratamento e um ano pós-tratamento (idade média de 16,1 anos). A presença dos terceiros molares foi avaliada em radiografias panorâmicas de um ano pós-tratamento, e o padrão facial (SN.GoGn) foi avaliado nas radiografias laterais iniciais. Análise de regressão logística múltipla foi utilizada para estimar a influência das variáveis independentes citadas na frequência de reabertura do espaço de extração.
Resultados:
A reabertura do espaço foi observada em 20,20% dos sujeitos um ano após a remoção do aparelho. Invaginações gengivais estiveram presentes em 25,73% dos quadrantes após a remoção do aparelho e em 22,80% após um ano pós-tratamento. O SN.GoGn pré-tratamento médio foi de 35,64 graus (DP = 5,26). Não foi observada influência significativa das três variáveis independentes sobre a instabilidade do fechamento do local de extração.
Conclusões:
A presença de invaginações gengivais, terceiros molares e padrão de crescimento facial não parece influenciar na reabertura dos locais de extração maxilar.
Palavras-chave:
Má oclusão Classe I de Angle; Extração dentária; Fechamento de espaço ortodôntico; Reabertura do espaço