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Em um tempo agônico: da necessidade de uma crítica contemporânea em resistência ao fascismo

RESENHAS

Em um tempo agônico: da necessidade de uma crítica contemporânea em resistência ao fascismo

Jaime Ginzburg

A PESQUISA em ciências humanas, no Brasil contemporâneo, enfrenta constantemente o desafio de responder por sua função. Uma das linhas insistentes do debate sobre a questão consiste em discutir as relações entre o conhecimento teórico e os problemas impostos pela percepção imediata do que se passa à nossa volta. Os estudos literários constituem hoje uma das áreas em que esse dilema se coloca de modo mais constante.

O ambiente intelectual não fica ileso diante de problemas como a crescente complexidade das relações entre violência, poder e sociedade, e a extensão em que numerosos países estão expostos a conseqüências nefastas e humilhantes da predatória desigualdade econômica. A apatia não é mais aceitável, e as categorias de pensamento usualmente empregadas precisam ser constantemente expostas ao debate, de modo a qualificar as condições de reflexão.

Alguns pensadores podem nos ajudar, como referências, a pensar em como articular uma erudição acadêmica, o conhecimento de autores distantes, com o impacto desnorteante das tensões contemporâneas. Entre esses, chama a atenção um deles, perseguidor de temas tão difíceis quanto melancolia, morte, fascismo e linguagem cifrada, motivado por dilemas judaicos e imagens literárias.

O pensador alemão Walter Benjamin (1892-1940) despertou o interesse de pesquisadores em diversas áreas de conhecimento no Brasil, principalmente desde a década de 1980. Boa parte de sua produção, escrita entre os anos de 1920 e 1930, esteve associada a uma postura crítica ante ideologias prestigiadas em seu tempo. Mais do que isso, Benjamin se ocupou em pensar de modo a constantemente questionar posições intelectuais conservadoras e autoritárias.

No ensaio "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica", o pensador explicitou sua postura de modo certo e enfático, ao escrever: "Os conceitos seguintes, novos na teoria da arte, distinguem-se dos outros pela circunstância de não serem de modo algum apropriáveis pelo fascismo" (Benjamin, 1985a, p.166). A resistência política inclui o debate de categorias de pensamento. Se os regimes autoritários podem cooptar intelectuais e artistas, para consolidar estratégias de legitimação e dominação, o pensamento de resistência deve entrar em um confronto de conceitos, elaborar conceitos não apropriáveis pelo mal. Imagens, palavras, cifras, senhas que sejam capazes de sustentar uma oposição rigorosa.

Benjamin vivia em um contexto que dele exigia observar a temporalidade co-mo agônica. Como sugere a tradição de Hipócrates, a melancolia, que dele muito definiu e por ele foi definida, combina tristeza e preocupação com o que virá. Um mal-estar referente ao passado, história de catástrofe e ruína em que os vencidos foram silenciados, e uma inquietação referente ao futuro, incerteza sobre as conseqüências do que viria a ser a prosperidade dos regimes autoritários. Entre um passado de horror e um futuro que poderia ser ainda pior, a condição melancólica pedia uma reflexão atenta aos movimentos do tempo. Para Benjamin, a interpretação do tempo não teve seus resultados concluídos (em contraste com o que ocorreu com outros pensadores de seu tempo) nos termos de uma síntese hegeliana, ou uma totalidade harmônica, sendo percebido diferentemente, como tempo de destruição, configurado na imagem maligna de Cronos devorando seus filhos (Benjamin, 1984, p.172), e mais tarde na interpretação alegórica do anjo da história em Paul Klee (Benjamin, 1985b, p.226).

O pensador alemão não estava acomodado nas rotinas disciplinares universitárias. É conhecida a importância das cartas trocadas com Adorno e Scholem, em que tanto discutiu problemas epistemológicos e críticos (cf. Scholem, 1989; Adorno & Benjamin, 1999). É também conhecida sua diversidade de interesses, e sua disposição para enfrentar aporias e impasses com lucidez e minúcia. Para Benjamin era muito importante dar atenção às opiniões de seus interlocutores. Era importante ter a capacidade de discutir tanto autores de sua predileção, como Proust, Kafka e Baudelaire, bem como autores que despertavam perplexidade ou repulsa (cf. Benjamin, 1985c, 1985d).

No Brasil, o pensador recebeu interpretações variadas e nem sempre convergentes. Pesquisadores como Jeanne Marie Gagnebin, Leandro Konder, Willi Bolle e Olgária Matos, entre outros, contribuíram de modo decisivo para estimular a discussão sobre o autor no país. Em suas publicações,1 1 Os autores citados têm vasta contribuição sobre os autores da Escola de Frankfurt, em forma de livros e artigos. Conforme, por exemplo, Gagnebin (1994), Konder (1988), Matos (1993), Bolle (1994). foram destacados campos fundamentais de seus trabalhos, como a filosofia da história, a fundamentação marxista, a reflexão sobre a modernidade e a urbanização, e as relações críticas com a tradição filosófica.

O ambiente intelectual brasileiro, motivado pelas traduções disponíveis e pelos trabalhos de intérpretes de Benjamin, absorveu com impacto o pensamento benjaminiano, em áreas diversas, como estudos de indústria cultural, história do Brasil, psicanálise e estudos urbanos. Na área da crítica literária brasileira, foi possível verificar repercussões profundas do debate sobre Benjamin. Para mencionar apenas dois críticos consagrados, em estudos do início da década de 1990, em Antonio Candido (1993), por exemplo, a sua incorporação foi decisiva para rever a interpretação da poesia moderna brasileira; foi decisiva também a avaliação de Alfredo Bosi (1992, p.80), na Dialética da colonização, da importância da concepção benjaminiana de alegoria como crítica da opressão.

Um autor como Walter Benjamin não é de fácil assimilação. No ambiente intelectual brasileiro, muitos dos pesquisadores interessados no seu pensamento não têm acesso ao original. Existem conhecidas polêmicas sobre suas traduções ao português, ao inglês e ao francês, que levam a recomendar cuidado no contato com os textos.

Como se isso fosse pouco, os procedimentos de escrita de Benjamin não são passíveis de simplificação. A ruptura com o discurso positivista, o interesse pelo aforismo e a postura de colecionador de referências contribuem para acentuar uma exigência de interpretação meticulosa e rigorosa. É conhecida a indignação de Beatriz Sarlo com a diluição de termos e formulações de Walter Benjamin no meio intelectual,2 2 No caso descrito por Sarlo (1995), a difusão esteve associada a imprecisão, per-da de rigor e emprego impróprio de conceitos. em que às vezes cidades latino-americanas passam a ser identificadas, sem mediação, com a Paris do século XIX.

A produção benjaminiana encontrou em Márcio Seligmann-Silva um intérprete rigoroso. Em Ler o livro do mundo, publicação de 1999 que corresponde à dissertação de mestrado concluída em 1991 (Seligmann-Silva, 1999a), encontramos agradecimentos a seus professores Jeanne-Marie Gagnebin, Olgária Matos e Willi Bolle, este último o orientador da pesquisa. A interlocução produtiva resultou em um trabalho reflexivo sólido, em que o então muito, muito jovem pesquisador encarou o objeto em seu idioma original, com a erudição de um intelectual maduro, o rigor de um escultor, o zelo de um pai preocupado com o filho, e o encantamento de um filho admirado com os cuidados do pai.

Desde então, o pesquisador esteve dedicado a uma ampla diversidade de assuntos, e suas publicações sinalizam vigor e convicção no trajeto. No entanto, creio que Walter Benjamin nunca abandonou o coração do percurso. Ele está no núcleo lógico da investigação, no tecido do fio condutor que conduz anos de dedicação à pesquisa, ajudando a decidir na escolha de objetos, orientando nos métodos e influindo nos critérios de valor.

O livro O local da diferença. Ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução permite observar em detalhe essa presença. Walter Benjamin não é apenas o assunto do primeiro capítulo e o tema da terceira parte; ele se estende, de modo difuso e constante, ao longo do conjunto de ensaios. Publicado em 2006, o livro inclui trabalhos que foram apresentados em periódicos acadêmicos e conferências, de 1994 a 2003. Dentro desse período de tempo, o pesquisador organizou um volume de Leituras de Walter Benjamin (Seligmann-Silva, 1999b) de que Willi Bolle participa, uma coletânea sobre Catástrofe e representação (Nestrovski & Seligmann-Silva, 2000), e outra intitulada História, memória, literatura (Seligmann-Silva, 2003a), todas com colaboração de Jeanne Marie Gagnebin. Essas informações mostram a persistência do pesquisador em trabalhar em campos difíceis de ciências humanas, integrado com alguns dos principais responsáveis pela difusão de Benjamin no Brasil. Mais do que isso, ajudam a compreender um aspecto do perfil de Seligmann-Silva. No mesmo período em que desenvolve individualmente seus estudos, ele desenvolveu, em publicações e eventos, possibilidades de, direta e indiretamente, serem estabelecidos vasos comunicantes entre diferentes instituições e áreas de conhecimento. Sua prática tem sido marcada pela contrariedade ao pensamento estanque, em favor de uma exigência constante de interlocução com vozes que, nem sempre e não necessariamente, estão em concordância.

Esse movimento torna o percurso de Seligmann-Silva raro e singular. Poucos intelectuais brasileiros se empenharam tanto em, a partir de seus interesses individuais, constituir correntes subterrâneas que ultrapassam fronteiras institucionais, disciplinares e nacionais, para dar visibilidade e relevância às questões com que trabalham.

Em pelo menos um aspecto, esse perfil é profundamente benjaminiano. A produção de Benjamin guarda cruzamentos dos desafios propostos por Scholem, Adorno e Brecht, alterna olhares para passados distantes com reações ao presente imediato, abriga escritores de variadas expressões idiomáticas e estilísticas. A escrita de Benjamin é movida de maneiras diversas, às vezes em afinidades eletivas com seus objetos, e constantemente em recusa a modelos canônicos de argumentação. Nesse sentido, essa escrita é um espaço de convergência, convivência e antagonismo de diferentes forças, local da diferença para brincar com a expressão que intitula o livro em questão.

A pesquisa de Seligmann-Silva é benjaminiana nesse sentido: ela articula olhares para objetos distantes, como referências à tragédia grega clássica, e interesses pelo presente imediato; ela incorpora objetos de diversas nacionalidades, tendências estéticas e orientações ideológicas perante a sua perspectiva crítica; ela acompanha debates em que não existem consensos acadêmicos, sem inibir a enunciação de um ponto de vista próprio. Ela constitui, ainda nesse sentido, um local de diferença, perfil que em tudo se distingue da imagem estereotipada do especialista em que hoje é comum desaguar a formação em pós-graduação em humanidades, em que a insistência no mesmo e a redução da pesquisa à repetição são entendidas por vezes como condição de inserção no espaço acadêmico.

O ofício da tradução, os conflitos entre classicismo e romantismo, as teorias dos gêneros literários e os testemunhos de sobreviventes da Shoah estão entre os assuntos integrados pelo livro de Seligmann-Silva. São estes últimos os testemunhos que constituem o horizonte de inquietação em razão do qual os outros assuntos ganham necessidade interna no livro. O desafio de lidar com os testemunhos motiva perplexidades sobre problemas como o conceito de representação, a transparência e a opacidade na linguagem, os fundamentos históricos de nossas teorias de constituição do sujeito, as categorias comumente utilizadas para descrever a arte e a literatura. Os testemunhos criaram desafios específicos e colocaram dificuldades de tal modo exigentes que, constantemente, somos obrigados, acompanhando o pesquisador, a enfrentar problemas teóricos e metodológicos que, mesmo quando anteriormente conhecidos ou aparentemente bem conhecidos, ganham uma relevância renovada.

O livro O local da diferença é construído com base em uma temporalidade agônica. Em sua incessante determinação em rastrear a dor, a morte, a incerteza, as destruições coletivas, as catástrofes, com uma percepção preparada para confrontar o abjeto em suas formas mais incômodas, o pesquisador vai à tragédia grega, transita pelo barroco, visita os românticos, e se move com perplexidade no século XX sem perder do horizonte a Shoah. Nenhum momento temporal é confortável o suficiente para restringir o ponto de vista do ensaísta, e nenhum objeto pode ser desgarrado de seus fundamentos históricos.

As premissas epistemológicas e metodológicas do livro são expostas em diversos momentos, com autoconsciência e determinação. Escolhemos entre esses apenas dois, em que o autor nos explica como conduz seu pensamento. À página 11, lemos

O que quero dizer com isso não é que a "virada culturalista" foi um grande erro e devemos lutar contra ela. Eu diria que devemos criticar tudo aquilo que nela reproduz esse modelo de identidade estanque e essencialista. Devemos tentar eliminar desses novos estudos aquilo que eles reproduzem do velho historicismo e positivismo.

E na página 154, lemos: "Se podemos afirmar que aprendemos algo das lições psicanalíticas e desconstrutivistas do século XX é que não devemos ‘ontologizar’ – ou seja, arrancar da história – os fenômenos culturais". Há uma ênfase na contextualização histórica, que delimita contrariedade com relação a outras modalidades de estudo em circulação. Sem se abster do uso de primeira pessoa discursiva, Seligmann-Silva estabelece um posicionamento definido. Em larga medida, está diretamente afinado com a Dialética negativa de Theodor Adorno (1999), em que existe também uma crítica da ontologia na tradição filosófica, e propõe, após Auschwitz, a crítica da metafísica em favor de uma interpretação materialista da história.

Nesse comprometimento com a reflexão histórica, a prioridade não é a recuperação do passado em si mesma, mas a interpretação que articula elementos do passado com problemas do presente. Em Benjamin, a articulação era necessária para pensar o crescimento do inimigo nos anos 1930, e elaborar a percepção da prosperidade que o autoritarismo conheceu na Europa. A escrita de O local da diferença aprende com Benjamin e seus intérpretes a configurar um ponto de vista contrário ao autoritarismo do presente que, em parte, traz heranças do passado, e, em parte, se renova e reforça em modos terríveis de exercício da violência.

Para esse ponto de vista, duas palavras são especialmente produtivas, e por isso, apresentadas em outras de suas publicações, e decisivas para a mobilidade retórica do ensaísta: "trauma" e "choque". A primeira é entendida como "ferida na memória", em continuidade a Freud e em atenção especial à Shoah (cf. Seligmann-Silva, 2000, p.84). A segunda, diretamente vinculada aos estudos benjaminianos sobre a modernidade em Charles Baudelaire, não se dissocia da primeira, e aponta para a "incompatibilidade na nossa economia psíquica entre o sistema percepção/consciência e a memória" (cf. Seligmann-Silva, 2003b, p.399). Podemos observar como para Seligmann-Silva "trauma" e "choque" não são definidos apenas como instantes, mas como componentes de um processo temporal mais amplo, em que a memória é uma categoria central. Nesse sentido, elas ajudam muito a descrever fenômenos históricos, configurados tanto em perspectivas individuais como coletivas, em que o impasse se apresenta e não a síntese, em que os conflitos entre as forças históricas não chegaram a uma solução harmoniosa. Essa tarefa é difícil para uma perspectiva agônica, que não idealiza o passado, nem está sossegada pelo presente, nem encontrou no positivismo consolo para o futuro.

A escolha de palavras é um elemento importante considerado pelo pesquisador na escrita dos ensaios. Defensor da idéia de que deve haver articulação entre filosofia e tradução, Seligmann-Silva é muito interessado, desde o início de seus estudos benjaminianos, em filosofia da linguagem. Adota em parte princípios adornianos do ensaísmo, e em parte procedimentos didáticos de professor universitário, o que constantemente produz movimentos de auto-inflexão na economia da escrita. As muitas citações e um interesse pelo exercício do aforismo não tornam o livro, no entanto, como foi sugerido em uma resenha anterior, um mosaico de fragmentos. O livro não se sustentaria como local da diferença se não despertasse a confiabilidade concedida por uma unidade de argumentação sólida.

Essa unidade não está nas camadas de superfície mais evidentes, pois não há restrição disciplinar, não existe especificação de nacionalidade ou período de objetos, nem suposição de que a bibliografia seja toda de uma única corrente de pensamento. A unidade ganha visibilidade com um movimento de aproximação às ligações discretas entre os ensaios.

Walter Benjamin, objeto da pesquisa, orientador remoto (parece ter em um longo sonho dito a Seligmann-Silva qual passo deveria dar a cada novo momento do percurso), pode ajudar a argumentar em favor da unidade de O local da diferença. O livro responde à necessidade contemporânea de continuar a crítica do fascismo. Pois o fascismo tem se renovado no passado recente, e no presente, em diversos modos de atuação, em encarnações que Mussolini não estipulou. A extensão da violência contemporânea provoca o meio intelectual, e ainda não estamos suficientemente preparados para lidar com ela, nem com seus contatos com a produção cultural, a literatura, o cinema, as artes.

Esse debate precisa ser contínuo, insistente e extenso, para se aproximar da medida de complexidade dos desafios em pauta. O local da diferença é uma contribuição a esse debate, sem fórmulas prontas, e com questionamentos inquietantes. O modo como a tragédia grega é estudada por Seligmann-Silva pode funcionar, em termos adornianos, como mediação, para pensar a respeito dos modos como a produção cultural contemporânea lida com a violência recente. É na força da mediação que pode residir um critério de atribuição de relevância para a compreensão do livro.

Em dois textos diferentes, especificamente nas páginas 148 e 160, Seligmann-Silva expõe um mesmo problema: o controle que os nazistas realizaram sobre palavras, com objetivos autoritários e desumanizadores. Ele relata que "nos campos de concentração era proibida a palavra ‘cadáver’, falava-se apenas em ’figuras’ para se referir aos corpos" (p.148). A crítica a esse controle de linguagem guarda um dos elementos fundamentais da metodologia crítica de Seligmann-Silva. Trata-se de uma postura crítica que não se esquiva, em seu movimento entre o passado e o presente, de olhar nos olhos da morte, e manter o olhar firme.

Notas

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Jaime Ginzburg é professor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH-USP e pesquisador do CNPq. @ – j.ginzburg@terra.com.br

  • 1
    Os autores citados têm vasta contribuição sobre os autores da Escola de Frankfurt, em forma de livros e artigos. Conforme, por exemplo, Gagnebin (1994), Konder (1988), Matos (1993), Bolle (1994).
  • 2
    No caso descrito por Sarlo (1995), a difusão esteve associada a imprecisão, per-da de rigor e emprego impróprio de conceitos.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Nov 2007
    • Data do Fascículo
      Ago 2007
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