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Einstein, cientista e filósofo?

A física, como prática filosófica, designa a escolha de ângulo de abordagem sob o qual é possível perceber características fundamentais da física. Assumimos que os papéis do físico e do filósofo não são tão demarcados e que a tarefa do físico é inseparavelmente enunciar a significação dos conceitos, estabelecendo sua identificação lógico-matemática, e ligá-los à experiência. Nesta perspectiva, a análise da atividade de Einstein, especialmente o exame da gênese da teoria da Relatividade restrita e das significações nos conceitos e enunciados da Relatividade restrita e geral nos leva à afirmação da tese expressa no epíteto Einstein filósofo. Para este percurso foi necessário então a crítica da corrente filosófica - Círculo de Viena - aparentemente mais próxima da atividade einsteniana, mas que só o tomou como referência na condição de físico. Em especial é analisada, e recusada, a tese de Reichenbach da separação entre o contexto de justificativa - ao qual se aplica a análise filosófica - e o contexto de descoberta - relegado exclusivamente ao campo da psicologia. Para esta crítica buscamos, nos processos de descoberta, não uma rígida estrutura lógica mas a noção mais ampla de racionalidade.


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