O processo de contaminação por mercúrio em ecossistemas aquáticos é discutido, levando-se em consideração as características biogeoquímicas atuantes nesses sistemas que resultam em uma maior mobilização e biodisponibilidade do mercúrio para incorporação na cadeia alimentar, eventualmente aumentando a exposição humana ao metal. Traça-se um paralelo entre sistemas aquáticos amazônicos e estuários, ambientes que, pela elevada capacidade de complexação do mercúrio por compostos orgânicos dissolvidos, tendem a manter esse elemento sob formas biodisponíveis, aptas a sofrerem metilação e biomagnificação por meio da cadeia alimentar.
Mercúrio; Contaminação; Amazônia; Estuários; Biodisponibilidade