Foram estudados beneficiários do Programa Bolsa Família de Maceió (AL) e encontrada alta prevalência de desnutrição nas crianças (18%) e adolescentes (20%); mas excesso de peso nos adultos (51%). As mulheres beneficiárias tiveram quatro vezes mais chance de ter obesidade abdominal em relação aos outros adultos. A maioria das famílias (92%) apresentou Insegurança Alimentar (IA), sendo em 33% grave. Houve associação entre IA e maior número de pessoas na casa e desemprego. Entre as obesas houve aumento no consumo de alimentos ricos em carboidratos e lipídios em relação à outra população não beneficiária. Encontrou-se ingestão inadequada de cálcio, folato, vitamina E, magnésio, vitamina C, zinco, riboflavina, tiamina e fibra. Esses achados demonstram a necessidade de ações integradas entre políticas de educação/saúde e os programas de transferência de renda.
Desnutrição; Obesidade; Ingestão alimentar; Insegurança alimentar; Programa Bolsa Família