O objetivo deste estudo foi comparar modelos digitais de elevação hidrograficamente condicionados (MDEHCs), gerados a partir de dados do sensor VNIR (Visible Near Infrared) do ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer), da SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) e de cartas topográficas do IBGE na escala 1:50.000, processados em Sistema de Informações Geográficas (SIG), visando à caracterização morfométrica de bacias hidrográficas. A área de estudo selecionada foi a sub-bacia hidrográfica do Ribeirão São Bartolomeu, sendo obtidas as características morfométricas a partir dos MDEHCs. Aplicaram-se o índice estatístico Raiz do Erro Médio Quadrático (REMQ) e a validação cruzada para avaliar a qualidade dos MDEHCs. A diferença percentual obtida nos dados morfométricos entre os modelos estudados foi inferior a 10%, exceto para a declividade média, que foi de 21%. De maneira geral, verificou-se boa concordância entre os MDEHCs gerados por dados de sensoriamento remoto e pelas cartas do IBGE. O MDEHC ASTER foi ligeiramente mais preciso que o MDEHC SRTM em bacias com elevadas altitudes e relevo acidentado, por apresentar frequências altimétricas mais próximas do MDEHC IBGE, considerado padrão neste estudo.
modelos digitais de elevação; recursos hídricos; sensoriamento remoto; morfometria