Resumo
Objetivo:
Compreender os significados atribuídos pelo pai ao ter um filho prematuro internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Métodos:
Estudo qualitativo com abordagem etnográfica realizado em uma unidade neonatal no Rio de Janeiro. Foram entrevistados 22 homens pais que tinham o filho prematuro internado. Os dados foram coletados por meio de diário de campo, observação participante e entrevista semiestruturada.
Resultados:
O pai desempenha papel fundamental durante o processo reprodutivo. Coloca-se como protetor da mulher na gestação e puerpério e vivencia intensa realização ao nascimento, mesmo que prematuramente. Entretanto, ter um filho prematuro internado seja uma experiência inesperada e difícil.
Conclusão:
Os pais demonstraram viver a transição social e cultural da paternidade, com superação ainda tímida do modelo hegemônico. Ao mesmo tempo, entendem seu papel fundamental de provisão financeira e demonstram desejo em cuidar do seu filho. Os profissionais de saúde devem proporcionar essa aproximação para fortalecimento da paternidade.
Palavras-chave:
Relação Pai-Filho; Paternidade; Enfermagem Neonatal; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Hospitalização