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Mediação como prevenção à judicialização da saúde: narrativas dos sujeitos do judiciário e da saúdea a Artigo oriundo de tese de doutoramento defendida em fevereiro de 2019 junto ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, pela Universidade de Brasília, sob a orientação da Profa. Dra. Maria Célia Delduque Nogueira Pires de Sá, com o título Mediação sanitária como prevenção à judicialização na saúde: estudo de múltiplos casos nos municípios brasileiros.

Resumo

Objetivo:

Analisar o fenômeno da judicialização para a mediação sanitária e prevenção das demandas judiciais.

Métodos:

Estudo qualiquantitativo exploratório e explicativo, de 2017 a 2018, com amostra não probabilística. Utilizou-se dois roteiros de entrevistas estruturados, um para os secretários municipais de saúde e outro para os juízes de Varas de Fazenda Pública do território brasileiro. Em comum, o significado da judicialização e mecanismos de resolução. Para os 162 secretários: razões da judicialização, alternativas de resolução e insumos mais demandados; para os 40 juízes, o embasamento jurídico.

Resultados:

77,5% dos juízes recorreram a apoio nas ações judicializadas; 77,5% das comarcas não contam com mediação de conflitos sanitários; 65,4% dos municípios contam com grupo para mediação. O gasto anual com a judicialização varia de menos de R$ 100 mil a mais de um milhão.

Conclusão:

Apesar do apoio às decisões e grupos de mediação, a judicialização da saúde avoluma tribunais, impacta no orçamento dos municípios e compromete-se com as ações na atenção básica à saúde.

Palavras-chave:
Direito sanitário; Judicialização da saúde; Atenção à saúde; Saúde pública

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