Resumo
Objetivo:
Identificar a percepção de cuidadores principais sobre a qualidade da Rede de Atenção à Saúde de crianças com microcefalia relacionada à infecção congênita.
Métodos:
Estudo de corte transversal realizado no período de outubro de 2017 a abril de 2018.
Resultados:
As 105 participantes avaliaram a saúde de seus filhos como razoável (56,1%). O nível de atenção que obteve o maior percentual - 57(54,3%) - de insatisfação das participantes foi o da Atenção Primária à Saúde (p=0,0216). A maioria das especialidades da Atenção Secundária à Saúde foi classificada como ruim/muito ruim, quanto à qualidade da consulta no nível secundário (p<0,05). Para a maioria - 61(58%) - das mães, quanto a esse nível de atenção, os itens tempo de espera e agendamento de consulta foram avaliados como excelente/bom (p<0,05).
Conclusão e implicações para a prática:
Existe insatisfação das mães com a qualidade dos serviços prestados pela Rede de Atenção à Saúde da criança com microcefalia, principalmente na Atenção Primária. Houve facilidade no acesso à Atenção Secundária, e pequena utilização dos serviços da Atenção Terciária. É urgente a elaboração de políticas que melhor difundam a humanização e facilitem a acessibilidade ao atendimento multiprofissional para essas crianças.
Palavras-chave:
Microcefalia; Atenção à Saúde; Saúde da criança; Integralidade em Saúde, Cuidadores