A cidade e as serras: onde criar (ou encerrar) uma universidade

Rolim, Cássio; Serra, Maurício

doi:10.1590/1982-3533.2020v30n1art11

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Sumário

Artigos originais • Econ. soc. 30 (1) • Jan-Apr 2021 • https://doi.org/10.1590/1982-3533.2020v30n1art11 copiar

A cidade e as serras: onde criar (ou encerrar) uma universidade^* * Os autores agradecem os comentários e sugestões do professor José Ferreira Gomes bem como de dois pareceristas anônimos da revista. Obviamente, a responsabilidade pelas falhas e omissões é dos autores.

The city and the mountains: where to build (or close) a university

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

O despovoamento do leste português e a concentração próxima ao litoral é tema de um debate antigo que inclui, inclusive, as virtudes das cidades menores em detrimento das maiores. Enquanto este último aspecto é inconcluso, o esvaziamento do Leste é um fato. Também é um fato que as Instituições de Ensino Superior (IES) mais próximas ao litoral tendem a ter uma demanda maior do que as mais distantes, o que tem levantado um debate sobre a possibilidade de se concentrar recursos para expandir as IES mais pressionadas pela demanda ou de se reduzir aquelas com um número diminuto de matrículas. Os conceitos de Economia nem sempre são utilizados nesse debate de forma precisa. Uma IES é importante não somente para a manutenção da demanda agregada, mas fundamentalmente por contribuir para o incremento da inovação e da competitividade regional a longo prazo. Este artigo tem por objetivo analisar essas questões e indicar alguns pontos importantes para a consideração dos tomadores de decisão.

Palavras-chave:
Ensino superior; Desenvolvimento regional; Impacto regional das universidades

	1991	2001	2011	2013	2015	2017
Pop. Residente (milhares) estimativa 31/12	9960,2	10362,7	10557,6	10457,3	10341,0	10291,0
Índice de envelhecimento (idosos por cada 100 jovens)	70,0	101,6	125,8	133,5	143,9	153,2
Saldo migratório (milhares)	-32,8	56,2	-24,3	-36,2	-10,5	4,9
Taxa de analfabetismo (%) (1) (2)	11,0	9,0	5,2	-	-	-
Pop. residente de 15 e mais anos, com ensino superior (%)	-	6,8	^13,2	15,0	17,1	18,1
Alunos matriculados no ensino secundário (3) (4)	347911	413748	440895	398447	393618	399775
Alunos matriculados no ensino superior (4)	186780	387703	396268	371000	349658	361943
Alunos diplomados no ensino superior (4)	18671	61140	78785	80899	76892	-
Doutoramentos	319	908	1845	2668	2351	-
TBE secundário (5)	67,7	105,4	134,9	121,0	117,4	118,4
TBE superior (6)	23,0	43,8	55,0	53,1	50,2	50,0
Taxa desemprego (%) (7)	4,1	⊥4,0	⊥12,7	16,2	12,4	8,9
Taxa desemprego (%) - escolaridade superior (8)		3,4	⊥9,0	12,6	9,2	6,5
PIB (milhões de €, preços constantes de 2011)	128360,4	169934,1	176166,6	167159,40	171725,4	(Pre) 179105,0
PIB per capita (€, preços constantes de 2011)	12887,3	16398,6	16686,3	15985,00	16578,9	(Pre) 17388,3
Taxa de inflação	11,9	4,4	3,7	0,3	0,5	1,4

Propensões Marginais			Taxa de Impostos no PIB regional = t
Propensões Marginais			t= 0,307*			t= 0,326*
Consumir c	Importar m	Consumir Bens Locais (c-m)	Multiplicador k	Variação % da renda da Região A**	Variação % da renda da Região B***	Multiplicador k	Variação % da renda da Região A**	Variação % da renda da Região B***
0,55	0,45	0,1	1,074	1,354	0,153	1,072	1,352	0,153
0,7	0,3	0,4	1,384	1,744	0,197	1,369	1,726	0,195

Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, Publicações Rua Pitágoras, 353 - CEP 13083-857, Tel.: +55 19 3521-5708 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: publicie@unicamp.br

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[TFN1] Obs: A implantação de mudanças metodológicas é assinalada por quebra de série.

[TFN2] (1) dados censitários; (2) população residente com 10 e mais anos que não sabe ler nem escrever; (3) 10° ao 12° ano de escolaridade; (4) o ano apresentado corresponde ao último ano do par ano letivo (o ano letivo inicia-se no 2° semestre do ano civil); (5) total de matrículas/pop. 15-17 anos; (6) total de matrículas/pop. 18-22 anos; (7) pop. desempregada por 100 ativos; e (8) pop. desempregada com escolaridade superior por 100 ativos com escolaridade superior.

[TFN3] Simbologia: ( - quebra de série; (Pre) - valor preliminar.

[TFN4] Fonte: Pordata-INE. Dados disponíveis em: www.pordata.pt. Acesso em: 25 jul. 2018.

Ensino Continuado	Inclusão no plano institucional
	Nº de parcerias com empresas públicas e/ou privadas para a realização de programas
	Nº de horas de aulas registradas
	Satisfação dos estudantes
	Satisfação dos usuários estratégicos
	Receita com royalties
Inovação e Transferência de Tecnologia	Nº de spin offs surgidas
	Nº de softs e inovações não patenteados de domínio público
	Nº de cooperação na solução de problemas com empresas
	Nº de estudantes diretamente financiados por empresas ou ONGs
Engajamento Social	Nº de acadêmicos envolvidos em consultoria voluntária
	Nº de horas dispendido por professores, funcionários e alunos em consultoria voluntária
	Nº de eventos abertos ao público em geral
	Nº de eventos envolvendo estudantes primários e secundários
	Nº de membros da comunidade participando de câmaras da IES

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A cidade e as serras: onde criar (ou encerrar) uma universidade^* * Os autores agradecem os comentários e sugestões do professor José Ferreira Gomes bem como de dois pareceristas anônimos da revista. Obviamente, a responsabilidade pelas falhas e omissões é dos autores.