Resumo
Este trabalho aborda as estratégias de acumulação aplicadas nas atividades primárias na Argentina, nos anos 2003-2015. Trabalha-se a utilização do excedente econômico dos setores referidos ao comparar sua destinação no aumento das capacidades produtivas, o investimento financeiro e a fuga de capitais, assim como as transformações na composição dos ativos. Para isso, utilizou-se informação agregada de toda a economia formal, fornecida pela agência de tributação argentina. Também são abordados estudos de casos com dados contáveis das maiores empresas. Conclui-se que as estratégias de acumulação financeirizadas provocaram a subordinação do investimento produtivo a lógicas que priorizam tanto a preferência pela liquidez quanto a fuga de capitais, provocando um processo de "reticência investidora". Portanto, discute-se a função destes setores primários como promotores do desenvolvimento econômico nacional, tal como postulado pelas diferentes esferas.
Palavras-chave:
Cadeias globais de valor; Financeirização; Utilização de excedente; Produções primárias; Argentina; Kirchnerismo