Resumo
Este artigo oferece uma análise sobre as transformações qualitativas nos Estados de bem-estar do Leste Asiático a partir dos anos 2000. Primeiro, distingo os legados institucionais à luz das tipologias formuladas na literatura: “desenvolvimentistasinclusivos” (Japão e Coreia do Sul)”; os “individualistas” (China, Hong Kong, Malásia e Singapura) e os “incipientes” (Filipinas, Indonésia, Tailândia e Vietnã). Argumento que o primeiro grupo aprofundou o processo de expansão de suas políticas sociais, sob uma abordagem universalista, mas reconfigurou a articulação entre política industrial e política social, bem como desenvolveu substantivamente as políticas de desfamiliarização. A China desloca-se do grupo “individualista” em direção a um tipo “híbrido”, ao ampliar consideravelmente a provisão pública, reproduzindo, contudo, um sistema dual e estratificado. Finalmente, os “individualistas” e os “incipientes” promoveram mudanças residuais, ampliando o papel do Estado sobre os riscos sociais por meio de políticas focalizadas em famílias de baixa renda.
JEL: H51, H52, H53, H75, P16.
Palavras-chave
Estado de bem-estar; Estado de bem-estar desenvolvimentista; Leste Asiático; Políticas sociais; Proteção social
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Fonte: Elaboração própria a partir de SPEED (todos os gastos sociais até 2017), Banco de Desenvolvimento Asiático (gastos sociais a partir de 2017), IMFdata (China), OECDstat (Japão e Coreia do Sul) e Banco Mundial (taxa de crescimento).
Nota: a ano mais recente disponível e comum a todas as rubricas de gasto social.Fonte: Elaboração própria a partir de BDA e SPEED (maioria dos países asiáticos), OECDstat e Banco Mundial (Japão, Coreia do Sul e Vietnã) e IMFdata (China).
Fonte: Elaboração própria a partir de Banco Mundial e BDA (Hong Kong).
Nota: Gasto em proporção com o PIB para Malásia e Vietnã disponível até 2017.Fonte: Elaboração própria a partir de BDA, SPEED, IMFdata (China) e OECDstat (Japão e Coreia do Sul)