Resumo
O artigo propõe uma interpretação da concepção clássica da moeda como instrumento neutro de trocas mercantis puras a partir do conceito de constituição proposto por Bruno Latour em Jamais Fomos Modernos. Trata-se de sustentar a hipótese da associação entre a constituição epistêmica da modernidade e a ortodoxia monetária, na medida em que essa concepção moderna institui também uma esfera autônoma das trocas mercantis. Ao final, são levantadas questões sobre uma possível reconfiguração da concepção da moeda para corresponder a uma constituição que superaria as amarras da forma moderna.
Palavras-chave:
História do pensamento econômico; Sociologia da ciência; Epistemologia; Moeda; Troca; Assimetria; Michel Foucault, 1926-1984; Bruno Latour, 1947-