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Trajetórias Formativas de Musicistas Negros no Pós-Abolição (1890-1930)

RESUMO

Este artigo tem por objetivo visibilizar as memórias de musicistas negros acerca de suas trajetórias formativas no pós-abolição carioca (1890-1930). A partir da análise de entrevistas orais do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS), procura-se mostrar os valores e saberes que tais musicistas consideravam importantes para a sua formação e a maneira como entenderam e viveram a educação. Focalizamos as estratégias empreendidas para acessar a escola e os conhecimentos formais, situando suas experiências nos debates historiográficos sobre educação escolar e sublinhando a agência da população negra. Nossa análise constata que tais sujeitos foram relativamente exitosos em suas tentativas de aquisição de saberes escolares, mesmo quando a escola não esteve ao seu alcance, e jamais ignoraram a importância de tais saberes. Também evidenciamos a operação de poderosas barreiras socioraciais ao acesso e permanência desses musicistas na escola.

Palavras-clave
Pós-abolição; Educação da População Negra; Musicistas Negros

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