RESUMO:
À luz da nova onda de movimentos nacionalistas que desponta hoje em diversas partes do mundo e também, em particular, no Brasil, este artigo propõe-se a debater comparativamente a dimensão totalizante da célebre tríade formativa do pedagogo alemão Johann Heinrich Pestalozzi, “coração, cabeça e mãos”, bem como a sua reapropriação posterior no filme Metrópolis, de Fritz Lang. Para realizar a aproximação entre a proposta de Pestalozzi e o filme de Lang, o presente artigo divide-se em dois momentos fundamentais, voltando-se, primeiramente, para a concepção teórica da tríade “coração, cabeça e mãos”, e, a seguir, para a análise de Metrópolis, enfatizando a sua releitura da tríade formativa aqui em pauta. O que se espera mostrar, em linhas gerais, é tanto o uso conservador a que se submete a fórmula de Pestalozzi quanto a possibilidade de sua reapropriação parcial ou integral para naturalizar desigualdades e censurar o desejo de debatê-las, gesto característico de nosso tempo.
Palavras-chave:
Educação; Nacionalismo; Pestalozzi; Fritz Lang; Metrópolis