RESUMO:
Há cinquenta anos, Paulo Freire escreveu Pedagogia do Oprimido. O livro, a partir de sua posição histórica de momento, realiza uma leitura dialética de uma contradição fundamental da sociedade e da educação: entre opressores e oprimidos, devendo a educação posicionar-se ao lado destes, contribuindo à conscientização como superação entre a denúncia de um mundo injusto e o anúncio de um novo mundo. Neste artigo, há uma releitura do livro a partir da pesquisa em sala de aula realizada por professores, e tendo estudantes como co-investigadores. Uma pesquisa realizada no Chile sobre o processo investigativo em escolas, colégios e centros de educação de jovens e adultos analisa entrevistas, debates e reuniões de docentes que aplicam a metodologia, debatendo uma questão central: 50 anos depois da proposta de Freire, a investigação em sala de aula, desenvolvida por professores, pode ser compreendida como uma possibilidade de pedagogia libertadora dos oprimidos?
Palavras-chave:
Pesquisa; Pedagogia; Professor; Território; Consciência