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ARTIGO - GEORGES HÉBERT E A EDUCAÇÃO DO CORPO FEMININO NO BRASIL1 1 Este artigo contou com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo — FAPESP/CAPES.

RESUMO:

No livro dedicado às jovens francesas, “Muscle et beauté plastique” (1919), Georges Hébert, consagrou os conceitos de saúde, beleza e força voltados para a emancipação feminina por meio do seu Método Natural. No Brasil, essa obra foi lida por autores da educação física, como Rangel Sobrinho (1930) e Lotte Kretzschmar (1932) que propuseram métodos nacionais para uma “Educação Física feminina”. O objetivo deste artigo é analisar os princípios de educação para as mulheres na obra de Hébert e discutir acerca de sua recepção no Brasil na década de 1930. As fontes constituídas foram livros de Rangel Sobrinho e Kretzschmar e periódicos nacionais publicados nesse período e o livro de Hébert, “Muscle et beauté plastique”. Foi possível constatar que a obra francesa foi inovadora quanto à educação feminina ao propor a emancipação física e moral, ao combater o uso do espartilho e salto alto e ao propor treinamento idêntico para homens e mulheres. Contudo, as produções brasileiras apresentaram limitações quanto ao treinamento dedicados as mulheres, pois a equiparação aparecia no discurso, mas não efetivamente no treinamento.

Palavras-Chave:
Georges Hébert; Educação do corpo; Mulheres; Brasil

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