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CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA E O ENSINO DE QUÍMICA: ESTUDOS SOBRE DESIGUALDADES DE RAÇA E GÊNERO E A PRODUÇÃO CIENTÍFICA

RESUMO:

Segundo dados do CNPq as mulheres participam em praticamente todas as grandes áreas do conhecimento, porém são maioria em áreas ligadas ao cuidado e minoria nas áreas tecnológicas e exatas. Aqui analisamos o design e o desenvolvimento de uma Intervenção Pedagógica (IP) intitulada “Ensino de Ciências e Identidade Negra: Estudos sobre a Química dos cabelos” objetivando pensar uma ciência não para o sujeito universal, contribuindo assim para a formação de professoras/es de Química capazes de operacionalizar a lei 10.639 a partir da diáspora africana nas Américas, como alternativa para evidenciar a contribuição de pesquisadoras negras na construção do conhecimento científico. Nossos resultados demostram que a IP representou o contato consciente com uma Ciência não hegemônica e eurocêntrica, fomentou o diálogo entre as diferenças, questionou discursos que reforçam as discriminações e os estereótipos, tencionou conteúdos preestabelecidos e instituiu processos de constituição de professores/as capazes de (re)criar práticas que articulem os conhecimentos químicos e as africanidades no ensino de Química.

Palavras Chave:
Cultura africana e afro-brasileira; Mulheres negras nas Ciências; Ensino de Química

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