RESUMO:
O texto em tela traduz um esforço de teorização decorrente de pesquisa em torno das chamadas metodologias ativas de ensino-aprendizagem na educação superior, mais precisamente no contexto da formação em saúde, empreendendo uma análise pautada pelos pressupostos teórico-metodológicos da concepção histórico-cultural de desenvolvimento humano. Assume-se, particularmente, o marco teórico da Escola de Vigotski, com as contribuições de Lev S. Vigotski e Alexei Leontiev, a partir de sua Teoria da Atividade. Objetivamente, perseguimos desenvolver um quadro teórico-conceitual capaz de mediar outras leituras sobre o que se pode chamar de ativo nas metodologias ativas, desde uma perspectiva histórico-cultural. O alcance desse objetivo se orienta pelos pressupostos do materialismo histórico-dialético, matriz de referência da teoria histórico-cultural, o que demanda a observância de um objeto em movimento e multideterminado. Possíveis resultados desse empreendimento sinalizam afirmativamente para a possibilidade de pensar as chamadas metodologias ativas no escopo da teoria histórico-cultural de desenvolvimento psíquico humano. Nossas (in) conclusões iniciais apontam possibilidades de pensar, organizar e propor atividades de ensino e de aprendizagem na educação superior, compreendendo o ativo como movimento de cognição que se efetiva na apreensão de objetivações do gênero humano e de constituição de processos de subjetivação por meio da atividade tipicamente humana.
Palavras-chave:
Desenvolvimento humano; Formação profissional em saúde; Teoria da atividade