Resumo
Este artigo avalia a sustentabilidade da dívida pública brasileira usando dados mensais de janeiro de 2003 a junho de 2016 com base na estimação de funções de reação fiscal cujos coeficientes variam ao longo do tempo. Consideramos três métodos de estimação: filtro de Kalman, suavização por spline penalizado e cointegração variante no tempo. Além de indicar uma redução da variação do déficit primário em resposta a variações da razão dívida/PIB ao longo da maior parte do período analisado, todos esses métodos levam à conclusão de que a dívida pública brasileira, dados os parâmetros então vigentes, atingiu uma trajetória insustentável nos últimos anos da amostra.
Palavras-Chave
Dívida pública; Sustentabilidade; Função de reação fiscal; Vodelos variantes no tempo; Filtro de Kalman; Suavização por spline penalizado; Cointegração variante no tempo