RESUMO
Este artigo revisita um rol reduzido de obras do pensamento brasileiro que apareceram entre os anos 1910 e o final da década de 1920, lavradas por três dos seus mais celebrados personagens, a saber, Alberto Torres, Oliveira Vianna e Paulo Prado. A hipótese que perpassa o trabalho é que, em que pesem as críticas contumazes que dirigem ao alardeado caráter inautêntico da modernização brasileira e de sua vida intelectual, as próprias cogitações desses pensadores constituem vetores ativos de certa cronopolítica cara ao imaginário hegemônico da modernidade, em cujos termos seus ensaios não apenas codificam os inúmeros ingredientes do tecido social brasileiro, como também reservam ao país uma posição retardatária na história mundial.
PALAVRAS-CHAVE:
Alberto Torres; Oliveira Vianna; Paulo Prado; Cronopolítica; Pensamento social brasileiro