Resumo
O negacionismo histórico da Ditadura Civil-Militar Brasileira de 1964 esteve presente ao longo de toda a carreira política de Jair Messias Bolsonaro. Este artigo analisa três proposições relacionadas à Ditadura de 1964 apresentadas por Bolsonaro durante seus mandatos legislativos em 2004, 2013 e 2014. Objetiva-se explicitar a historicidade e as características do negacionismo presentes nessas propostas, argumentando que essa negação atualiza as estratégias de implantação do terror da Ditadura no fomento a uma cultura do medo, e, com isso, promovendo a violência. Dessa forma, é possível reconhecer o negacionismo histórico além de uma mera negação da realidade.
Palavras-chave:
Ditadura Civil-Militar Brasileira; Negacionismo; Cultura do medo; Violência; Jair Messias Bolsonaro; Guerrilha do Araguaia; Comissão Nacional da Verdade