RESUMO
Objetivo:
Avaliar a relação entre o estresse relacionado ao diabetes e as características clínicas e sociodemográficas de pacientes com diabetes mellitus do tipo 2.
Métodos:
Estudo transversal com base na análise secundária de dados coletados em um ambulatório de atendimento terciário no Brasil. Os participantes preencheram um questionário sobre as características sociodemográficas e clínicas, e a versão brasileira da Diabetes Distress Scale (B-DDS).
Resultados:
Aproximadamente 31% dos 130 pacientes elegíveis relataram estresse relacionado ao diabetes, e a média do escore da B-DDS foi de 2,6. O modelo de regressão múltipla mostrou que a pontuação B-DDS foi positivamente correlacionada com o estado civil (p=0,0230), realização de dieta e atividades físicas (p=0,0180), e uso de insulina (p=0,0030). Os domínios da B-DDS “carga emocional”, “estresse relacionado ao regime terapêutico” e “estresse nas relações interpessoais” foram associados a uso de insulina (p=0,0010), estado civil (p=0,0110) e presença de três ou mais comorbidades (p=0,0175).
Conclusão:
Estes resultados sugerem que as variáveis clínicas e sociodemográficas são preditores relativamente fracos para o estresse relacionado ao diabetes. No domínio “carga emocional”, foi observada a maior pontuação da B-DDS, indicando a presença do estresse relacionado ao diabetes entre os pacientes deste estudo.
Descritores:
Diabetes mellitus tipo 2; Estresse psicológico; Complicações do diabetes; Enfermagem em saúde pública