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Avaliação da dor na histeroscopia diagnóstica ambulatorial com gás

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a intensidade da dor referida pelas pacientes submetidas à histeroscopia diagnóstica ambulatorial.

Métodos:

Exame realizado com ótica de 5 mm, espéculo, pinçamento do colo com Pozzi e distensão da cavidade uterina com dióxido de carbono. Antes e depois do exame, as pacientes foram entrevistadas para definir, em uma escala verbal de 0 a 10, valores para expectativa de dor e dor experimentada após seu término, e também se elas repetiriam o exame se houvesse indicação. Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences 15.0, com significância estatística definida como p < 0,05 e poder do teste de 95%.

Resultados:

Foram incluídas 58 pacientes, com média de idade de 50,9 anos, sendo 32,8% na pós-menopausa e 6,9% nulíparas. Dentre as pacientes com partos anteriores, a paridade média foi 2,21 e pelo menos um parto normal ocorreu em 63,8%. Apenas 24,1% das pacientes sabiam como o exame seria feito, 62,1% necessitaram de biópsia endometrial e o resultado foi considerado satisfatório em 89,7% dos casos. As médias de dor esperada e referida pelas pacientes foram semelhantes (6,0 versus 6,1), e 91,4% das mulheres repetiriam a histeroscopia quando necessário. O único fator associado à redução da dor após o exame foi o antecedente de parto normal, com queda de 7,1 para 5,5 (p = 0,03). A média de dor foi significativamente menor nas pacientes que aceitariam repetir o exame (5,8 versus 9,4; p = 0,003).

Conclusões:

A histeroscopia diagnóstica ambulatorial com gás pode estar associada a desconforto moderado, porém tolerável, com resultados satisfatórios.

Descritores:
Medição da dor; Medição da dor/diagnóstico; Histeroscopia/métodos; Assistência ambulatorial; Avaliação de processos e resultados (Cuidados de Saúde)

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