RESUMO
Objetivo:
Comparar a composição de tecidos, o conteúdo mineral ósseo e a densidade mineral óssea totais e por regiões do corpo, a força de preensão manual estática, e força isocinética da articulação do joelho, entre um grupo de jogadores de futebol amadores e um Grupo Controle.
Métodos:
Estudo transversal utilizando pletismografia de ar deslocado para estimar o volume corporal, para subsequente cálculo da densidade corporal. A composição de tecidos, o conteúdo mineral ósseo e a densidade mineral óssea foram avaliados para o corpo todo e regiões padronizadas através da absorciometria de raios-X de dupla energia. A força de preensão manual estática foi avaliada por um dinamômetro ajustável. Os momentos máximos de força das ações musculares concêntricas para os extensores e flexores do joelho foram avaliados pela dinamometria isocinética (60°/s). Foi calculado o valor d-Cohen para apreciar a magnitude do efeito das diferenças entre grupos.
Resultados:
Os futebolistas apresentaram níveis superiores de conteúdo mineral ósseo em comparação com os adultos ativos do Grupo Controle (+651g; d=1,60; p<0,01) e obtiveram valores superiores de densidade mineral óssea (d: 1,20 a 1,90; p<0,01) para a coluna lombar, L1-L4 (+19,4%), membros superiores (+8,6%) e membros inferiores (+16,8%). Para a força de preensão (estática) a diferença foi moderada (d=0,99; p<0,01) com valores mais elevados apresentados pelo futebolistas (+5,6kg; d=0,99; p<0,01).
Conclusão:
A prática de futebol promove uma regulação adequada da composição corporal (tecidos magro e gordo) e ganhos na densidade mineral óssea, mais acentuada em partes do corpo com maior exposição aos impactos mecânicos da atividade motora.
Descritores:
Esportes; Dinamômetria isocinética; Composição corporal; Força muscular