RESUMO
A elastografia, procedimento difundido em ultrassonografia convencional, foi recentemente incorporada à ecoendoscopia. Trata-se de tecnologia inovadora e promissora, que visa aumentar o valor preditivo negativo da ultrassonografia endoscópica e das punções aspirativas com agulha fina. É útil para o direcionamento das punções em áreas suspeitas e, consequentemente, melhora o rendimento diagnóstico. Trata-se de técnica não invasiva, de fácil realização, sem custos adicionais ou complicações. As principais indicações são para análise de massas pancreáticas sólidas, linfonodos, lesões subepiteliais, lesões em lobo hepático esquerdo e em suprarrenal esquerda. Casos negativos ou inconclusivos das punções aspirativas com agulha fina podem ser submetidos à elastografia, quando há forte suspeita de malignidade. Tem alta precisão no diagnóstico diferencial de massas sólidas e em locais anatômicos de difícil acesso, como em linfonodos mediastinais e tumores pancreáticos. Baseia-se na quantificação do grau de elasticidade tecidual, com boa correlação entre o índice de elasticidade e as características histopatológicas. Relatamos quatro pacientes avaliados por ecoendoscopia e elastografia qualitativa com diagnósticos diferentes em linfonodos mediastinais: sarcoidose, linfoma, histoplasmose e neoplasia de esôfago.
Descritores:
Mediastino; Biópsia por agulha fina; Aspiração por agulha fina guiada por ultrassom endoscópico/métodos; Ultrassonografia de intervenção; Linfonodos; Broncoscopia