RESUMO
Objetivo
Investigar se a preservação dos benefícios do treinamento físico está associada à ingestão adequada de leite/produtos lácteos em idosos hipertensos após destreino.
Métodos
Vinte e oito idosos hipertensos em tratamento clínico otimizado submetidos a 16 semanas de treinamento físico multicomponente, seguidas por 6 semanas de destreino, foram classificados segundo a ingestão de leite e produtos lácteos como baixo consumo (<3 porções/dia) e alto consumo (≥3 porções/dia).
Resultados
Após o treinamento físico, houve redução significativa (p<0,001) em peso corporal, pressão arterial sistólica, diastólica e média, aumento na força de membros inferiores e superiores (testes sentar-levantar e flexão de cotovelos, respectivamente), capacidade aeróbica (teste da marcha estacionária) e capacidade funcional (sentar, levantar-se e mover-se pela casa) em ambos os grupos. Entretanto, no Grupo Baixo Consumo de Lácteos, observaram-se alterações significativas em peso corporal (+0,5%), pressão arterial sistólica, diastólica e média (+0,9%, +1,4% e +1,1%, respectivamente), força de membros inferiores (-7,0%), capacidade aeróbica (-3,9%) e capacidade funcional (+5,4) após o destreino. Estes parâmetros não apresentaram diferenças significativas entre o destreino e o período pós-treinamento no Grupo Alto Consumo de Lácteos.
Conclusão
A preservação dos benefícios do treinamento físico em relação a pressão arterial, força de membros inferiores e capacidade aeróbia esteve associada com ingestão adequada de leite e produtos lácteos em idosos hipertensos após 6 semanas de destreino.
Hipertensão; Exercício; Nutrição do idoso; Laticínios