Post et al.(10)
|
Investigar possíveis fatores prognósticos de letalidade hospitalar em crianças menores de 1 ano de idade residentes na região Metropolitana do Rio de Janeiro, falecidas entre maio de 1986 e abril de 1987, tendo diarreia ou pneumonia como causa básica de óbito. |
Não foi encontrada associação entre amamentação e letalidade hospitalar por diarreia, sendo muito semelhantes às frequências de amamentação até 1 mês de idade entre casos (60%) e controle (59). |
Bittencourt et al.(11)
|
Verificar se, durante os primeiros 6 meses de vida, existia um efeito diferenciado da diarreia na velocidade de crescimento mensal em peso e em cumprimento entre as crianças aleitadas e as totalmente desmamadas. |
As crianças desmamadas apresentaram atraso no crescimento pôndero-estatural em razão de maior incidência e maior prevalência de diarreia. O fato de a criança estar sendo amamentada é efetivo, no sentido de atenuar o efeito adverso da diarreia, na velocidade mensal do peso. |
Fuchs e Victoria(12)
|
Examinar o efeito de variáveis demográficas, socioeconômicas, ambientais, reprodutivas maternas, dietéticas e nutricionais sobre o risco e o prognóstico de diarreia, usando análise hierarquizada |
Baixo peso de nascimento, défice altura-idade e ausência de aleitamento materno foram simultaneamente fatores de risco e prognóstico para diarreia. |
Barros et al.(13)
|
Medir a prevalência de amamentação, a morbidade e a situação nutricional de um grupo de crianças, sendo que algumas haviam frequentado centros de lactação e outras não. |
Crianças acompanhadas em centros de lactação foram amamentadas exclusivamente em maior proporção; crianças que frequentaram os centros de lactação apresentaram menos diarreia nas 2 semanas prévias ao estudo do que aquelas que não frequentaram e o peso delas era mais apropriado para a idade. |
Escuder et al.(14)
|
Estudar o impacto da amamentação na redução dos óbitos. |
A fração de mortalidade evitável por infecção respiratória variou, segundo o município e a faixa etária, entre 33 e 72%. Para diarreia, a variação ficou entre 35 e 86%. A amamentação no primeiro ano de vida pode ser a estratégia mais exequível de redução da mortalidade pós-neonatal, para além dos níveis já alcançados em municípios do Estado de São Paulo. |
Vieira et al.(15)
|
Avaliar o grau de proteção do aleitamento materno contra a diarreia aguda nas crianças menores de 1 ano. |
A ocorrência de diarreia foi elevada (11,6%), com maior frequência após o 6o mês (63,3%). As crianças menores que 6 meses que não mamavam apresentaram uma chance de 64,0% (IC95%: 1,07–2,51) a mais para a diarreia (p<0,02) do que aquelas amamentadas. Quando comparadas com as que mamavam exclusivamente, houve aumento dessa chance para 82,0% (IC95%: 1,11-3,01) entre as não amamentadas. |
Vanderlei e Silva(16)
|
Analisar o conhecimento materno sobre as causas, sinais de desidratação e manejo da diarreia aguda, bem como a ocorrência de hospitalização, por complicações dessa doença, em seus filhos menores de 2 anos. |
Associação entre hospitalização por diarreia aguda em menores de 2 anos e precariedade de condições de vida, ausência de aleitamento materno e desnutrição. |
Vitolo et al.(17)
|
Avaliar o impacto da aplicação das diretrizes nutricionais para crianças menores de 2 anos estabelecidas pela Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, por meio de um estudo de intervenção randomizado. |
A intervenção associou-se a maior proporção de aleitamento materno exclusivo aos 4 meses (RR=1,58; IC95%: 1,21-2,06), aos 6 meses (RR=2,34; IC95%: 1,37-3,99) e amamentadas aos 12 meses (RR=1,26; IC95%: 1,02-1,55); associou-se também a menor proporção de crianças que apresentaram diarreia (RR=0,68; IC95%: 0,51-0,90), problemas respiratórios (RR=0,63; IC95%: 0,46-0,85), uso de medicamentos (RR=0,56; IC95%: 0,34-0,91) e cárie dental (RR=0,56; IC95%: 0,32-0,96) na faixa etária de 12 a 16 meses. |
Brandão et al.(18)
|
Descrever características clínicas e epidemiológicas de crianças com diarreia aguda e choque, admitidas em unidade de terapia intensiva pediátrica, e comparar a evolução clínica entre os grupos óbito e sobrevida, identificando os fatores associados ao óbito. |
Em 53/61 crianças, a duração do aleitamento materno exclusivo foi menor que 3 meses, e apenas 8/61 estavam em aleitamento no momento da internação. Não se observou associação entre sexo (p=0,78), idade (p=0,07) e aleitamento (p=0,63) e evolução para óbito. A diarreia aguda com choque atingiu preferencialmente lactentes jovens, em aleitamento artificial e com alta letalidade. |
Boccolini e Boccollini(19)
|
Avaliar a relação entre aleitamento materno e internações por doenças diarreicas em crianças com menos de 1 ano de vida, nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, em 2008. |
Tanto o aleitamento materno exclusivo (razão de taxas =0,76; IC95%: 0,61-0,94), quanto o aleitamento materno em crianças com 9 a 12 meses incompletos de vida (razão de taxas =0,72; IC95%: 0,52-0,99) podem reduzir as taxas de internação por doenças diarreicas na população estudada. |
Bernardi et al.(20)
|
Avaliar o impacto do programa Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de 2 anos na duração do aleitamento materno exclusivo e na redução da ocorrência de diarreia e sintomas de morbidade respiratória em crianças entre 6 a 9 meses de idade. |
Observou-se maior duração do aleitamento materno exclusivo (p=0,02) no grupo intervenção, porém sem significância na prevalência de diarreia e sintomas de morbidade respiratória. Análises complementares mostraram que a duração do aleitamento materno exclusivo foi maior no grupo de crianças sem ocorrência de diarreia (p=0,001) e sem sintomas de morbidades respiratórias (p=0,03). Tais resultados sugerem que a estratégia não foi suficiente para interferir na ocorrência de morbidades, contudo foi eficaz em aumentar o tempo de aleitamento materno exclusivo. |