resumo
Considerando a crescente marginalização das Humanidades nas universidades do país e do exterior em razão da tecnicização do saber sob o signo da inovação científica, da competitividade e da internacionalização, apresento posicionamentos em defesa das áreas de Humanas e, particularmente, dos estudos de literatura, de parte de alguns pensadores contemporâneos a partir dos quais proponho algumas reflexões sobre: o sentido dominante do termo “ciência” no contexto dos vínculos entre universidade e políticas de Estado; a fixação de parâmetros de validação da produção científica de parte das agências de fomento que avaliam a produção sob o cálculo da razão eficiente; os efeitos de tais parâmetros na avaliação da produção no campo dos estudos literários; e a necessidade de avaliação de mérito que não descaracterize a relevância e a singularidade dos estudos de literatura, em termos de atividades de ensino e de pesquisa. Nesse contexto, coloco em destaque algumas considerações sobre textos apresentados durante o XXX Encontro da Anpoll, realizado em julho de 2015.
Palavras-chave:
Humanas; ciência; internacionalização; validação; estudos literários