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Perigosas brincadeiras: a infância em Marcelo Mirisola e Furio Lonza

Dangerous playing: childhood in Marcelo Mirisola and Furio Lonza

Pequena novela publicada em 2012, Teco, o garoto que não fazia aniversário já antecipa a expectativa de uma obra bufônica e irreverente, dadas as posturas pouco ortodoxas que seus autores - Marcelo Mirisola e Furio Lonza - frequentemente assumem, tanto na cena literária quanto no estilo. Mimetizando a estrutura e a escrita dos livros infantis, os autores subvertem o gênero ao apontar para uma revisão extrema do imaginário e da iconografia acerca da infância. Representações tradicionais da criança - herdadas do imaginário romântico e burguês de fins do século XVIII e início do XIX e que chegam de certa forma até nossos dias - são completamente reviradas pelo nonsense farsesco, pela crítica social e pela violência das grandes cidades. Em meio à divertida inversão de valores (que não poupa alfinetadas às contradições da sociedade e às personalidades do meio intelectual e artístico), Mirisola e Lonza acenam com a possibilidade de questionarmos e repensarmos nossa concepção do que é o infantil, para além da inocência, dos brinquedos coloridos e dos ideais de educação e subjetivação.

infância; violência; farsa; Marcelo Mirisola; Furio Lonza.


Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB) Programa de Pós-Graduação em Literatura, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Universidade de Brasília , ICC Sul, Ala B, Sobreloja, sala B1-8, Campus Universitário Darcy Ribeiro , CEP 70910-900 – Brasília/DF – Brasil, Tel.: 55 61 3107-7213 - Brasília - DF - Brazil
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