Resumo
Na exposição Mínimo teatral (Museo Macro, Rosario, 2017) trabalhamos, como curadores, nas ressonâncias do teatro na arte contemporânea, explorando diferentes formas de apropriação da teatralidade e da encenação. Pretendíamos incentivar um diálogo entre as artes visuais e artísticas, mesmo quando as trocas não ocorriam em termos de referência e/ou comentários de um em relação ao outro. Ao mesmo tempo, não pretendíamos formular uma história da arte (história do campo visual e teatral, história de suas conversas, história de seus desacordos), ainda que fizéssemos uma pergunta sobre os usos do arquivo e seus efeitos sobre uma possível conceituação de tempo. O presente trabalho busca traçar uma história e uma reflexão sobre essa experiência. As perguntas são: Quais áreas (sensíveis, sociais, produtivas) abre o pensamento do teatro? Quais são os efeitos da montagem e do arquivo teatral no museu? Quais seriam os efeitos sobre a conceituação e usos do tempo? E, finalmente, quais implicações na curadoria levaram à investigação e às hipóteses arriscadas para a amostra, tanto no que diz respeito ao diálogo teatro/arte quanto ao ponto de vista adotado em relação ao arquivo.
Palavras-chave:
artista; curador; teatro; arquivo; arte contemporânea latino-americana