resumo
O objetivo deste artigo é analisar como a questão identitária se exprime na literatura indígena contemporânea, em especial em Metade cara metade máscara, de Eliane Potiguara, e Todas as coisas são pequenas, de Daniel Munduruku. Se o livro de Potiguara é um híbrido que mistura discurso mítico, poesia e testemunho pessoal, o de Munduruku se aproxima do modelo do romance barroco tal como analisado por Bakhtin. Através da abordagem desses dois livros, o artigo pretende demonstrar que os autores indígenas estão começando uma nova tradição literária no Brasil.
Palavras-chave:
literatura ameríndia brasileira; Daniel Munduruku; Eliane Potiguara