Resumo
Em 2017, a poeta brasileira Marília García publicou Câmera lenta, livro que se destaca pelo equilíbrio entre a continuidade das experimentações estéticas já iniciadas anteriormente e a resolução formal de cada poema. O mote dos meios de transporte, elo com outras poéticas da modernidade, ganha aqui tratamento particular e em consonância com outros questionamentos da contemporaneidade. Entre hélices, turbinas, voos e aeronaves que aparecem frequentemente nos seus versos emerge um sujeito lírico na iminência da desintegração, mas que insiste no poema como forma de ecoar a experiência única e ancorada no tempo que consiste na vida humana.
Palavras-chave:
Marília Garcia; poesia brasileira contemporânea; poesia e modernidade; poesia literal; lirismo crítico