A literatura contemporaneamente produzida pelos escritores das periferias brasileiras constitui um novo modo de pensar a representação da pobreza, trazendo à tona questões como a posição do autor e o papel da literatura como ferramenta de ação coletiva com efeitos de mobilização e organização da vida das comunidades marginalizadas e socialmente excluídas. O objetivo deste artigo é discutir o tema do engajamento literário como componente indissociável da literatura periférica, a partir da trajetória de Alessandro Buzo como agente cultural, cuja intervenção confere à literatura uma função ao mesmo tempo prática e simbólica.
Alessandro Buzo; literatura marginal; engajamento; pobreza