Resumo
O artigo reflete sobre a relação entre a estética do antimonumento e o “saber da precariedade” próprio do testemunho de catástrofes históricas, a exemplo do desaparecimento forçado de pessoas, para pensar o testemunho como forma intrinsecamente contra-hegemônica de construção da memória e modalidade de elaboração de eventos traumáticos. A análise relaciona o testemunho e a ação dos familiares de desaparecidos, como a que Bernardo Kucinski constrói diretamente e narrativamente em K. Relato de uma busca, com o valor que antimonumentos, memoriais e recordatorios têm na construção da memória familiar e coletiva do trauma.
Palavras-chave:
literatura de testemunho; antimonumento; Bernardo Kucinski; desaparecimento