Resumo
Este artigo traz à cena do debate a trajetória escolar de adolescentes autores de ato infracional. Trabalha-se com a análise dos históricos escolares dos jovens egressos do sistema sociojurídico de uma cidade média paulista, entre 2001 e 2009. Os dados de 2.969 históricos escolares foram analisados descritivamente, com o cruzamento de diferentes variáveis. Os principais resultados encontrados evidenciam que os jovens mais propensos a adentrarem no sistema sociojurídico são os moradores das periferias urbanas, que frequentam a Escola Pública e que acumulam em sua trajetória escolar, desde a infância, repetências, evasões, distorção série/idade e uma rotatividade intra e interescolas. O que ocorre pelas insuficiências do que proveem Estado e sociedade no Brasil para a sua proteção e formação. O texto apresenta e discute subsídios para a criação e implementação de políticas públicas, em especial as educacionais, para que possam enfrentar as vulnerabilidades que cercam esses jovens.
Adolescência; Juventude; Escola pública; Ato infracional