Há consenso em torno de uma autorresponsabilidade pela maior interação social (A) e isto é importante para haver interesse pelo curso e construir novas atitudes (B) (COLL et al., 1998). A pedagogia dialógica “vincula” consenso e sua concretização a favor do maior interesse pelo curso (C). Então, estudantes seriam interessados pelo curso. Por que não ocorre? |
Há estudantes desinteressados pelo curso porque, dentre outros motivos e, conforme a pesquisa (neste e nos casos a seguir), a valorização da interação social está subaproveitada (ausência da asserção C). |
Há estudantes críticos (A) e isto é importante para desenvolver atividades de pesquisa (DEMO, 2007) e extensão (B). A pedagogia dialógica aciona a capacidade de crítica e, assim, favorece a associação ensino-pesquisa-extensão (C). Então, esta associação seria concretizada em larga medida. Por que não ocorre? |
Há fragilidade na associação entre ensino, pesquisa e extensão porque, dentre outros, não se aproveita a criticidade dos estudantes (ausência de C). |
A pesquisa e a extensão são valorizadas pelos estudantes (gostariam de participar) (A) e isto as favorece e, por desdobramento, contribui para diversificar atividades (B) (DEMO, 2007; SÍVERES, 2010). A pedagogia dialógica aciona a valorização da pesquisa e extensão (C). Então, a partir de projetos de pesquisa/extensão, as atividades seriam diversificadas. Por que não ocorre? |
Há um “afunilamento” das atividades para a exposição oral porque, dentre outros, não se aproveita a valorização das atividades de pesquisa e extensão (ausência de C). |
Professores narram experiências pessoais e profissionais, estudantes recebem bem a iniciativa (A), sendo isto importante para articular conteúdos (B) (COLL et al., 1998). A pedagogia dialógica aproxima educador e educandos, contribuindo para articular aspectos cognitivos e socioemocionais (C). Então, o equilíbrio entre estes aspectos seria evidente. Por que não ocorre? |
Priorizam-se aspectos cognitivos, apesar das oportunidades (narrativas de experiências) de equilibrá-los com os socioemocionais, porque se canaliza a ação docente para certo “distanciamento mínimo” dos estudantes (ausência de C). |
Estudantes desejam maior aplicabilidade de feedbacks (A) e a disposição para dar e receber feedbacks é, a priori, condição para a troca de informações entre estudantes e professores (B) (FREIRE, 2011). A pedagogia dialógica é um exercício de empatia (C). Então, deveria haver essa prática. Por que não ocorre? |
A troca de informações sobre aspectos importantes do processo educacional não é uma prática comum porque, com frequência, responsabiliza-se o “Outro” pelo insucesso escolar (ausência de C). |
Estudantes já internalizaram o “porquê” do curso (A) e isto é importante para desenvolver uma relação educativa madura (B) (FREIRE, 2009, 2011), 2011). A pedagogia dialógica aciona a capacidade de crítica e, assim, contribui para construir condutas compatíveis com a futura atuação profissional (C). Então, deveriam estar mais visíveis, entre estudantes, aspectos necessários à atuação profissional futura. Por que não ocorre? |
Estudantes percebidos como imaturos, sem se voltar para a futura profissão docente, porque sua capacidade de crítica é percebida sem muita nitidez. Não se constata que eles já possuem uma boa consciência para o curso (ausência de C). |