O artigo analisa as políticas de gestão do ensino obrigatório no Chile ao se cumprir aproximamente duas décadas do projeto educacional vigente que logrou progressos importantes em matéria de cobertura e implementação, porém não foram equivalentes seus avanços em relação à qualidade da educação mesmo sabendo-se que nas comparações internacionais o Chile melhora sua posição relativa. O texto faz um diagnóstico do problema, cujo núcleo central está constituído pela tensão entre a lógica do mercado com a qual opera o financiamento escolar e a lógica dos direitos à educação que se buscou implantar. Este caminho está praticamente esgotado e depois de duas décadas de tentativas demanda uma mudança profunda no modo de planejar e implementar as políticas de gestão da educação obrigatória no Chile. O artigo releva o peso da desigualdade social para o alcance dos objetivos pedagógicos do sistema escolar público chileno, analisa as dificuldades institucionais e, finalmente, avalia alguns pontos críticos, gerando proposições para a busca de soluções.
Gestão do ensino obrigatório; Avaliação da gestão escolar; Políticas de gestão do ensino público no Chile; Desafios da gestão educacional