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Cotidiano e configuração de espaços de aprendizagem

Quotidian and configuration of learning places

Resumos

Este artigo toma o conceito de cotidiano como analisador operativo capaz de produção de leituras e de criação de modos de intervenção social. Ao pensar o cotidiano no âmbito das relações de poder e da constituição da autonomia, procuramos explorar os poderes invisíveis e as práticas anônimas na sua possibilidade de invenção, criação e transformação social. Consideramos como referência reflexiva uma proposta de estágio em Psicologia Social, a fim de problematizar a formação acadêmica e explorar as conexões entre trabalho e educação na produção de modos de intervir e de produzir conhecimento no campo social.

cotidiano; autonomia; formação acadêmica


This paper takes up the concept of quotidian as an operative analyzer capable to produce readings and create forms of social intervention. We think of quotidian in the scope of the discussions concerning power and autonomy, seeking to explore invisible powers and anonymous practices in their potentiality for social invention, creation and transformation. We consider as a reference for reflection an internship proposal in social psychology, in order to query college schooling and explore the connections between work and education in the production of manners of intervention and production of knowledge in the social field.

quotidian; autonomy; college schooling


ARTIGOS DE DEMANDA CONTÍNUA

Cotidiano e configuração de espaços de aprendizagem

Quotidian and configuration of learning places

Cleci MaraschinI; Jaqueline TittoniII

IDoutora em educação/UFRGS, Professora do Instituto de Psicologia/UFRGS. cmar@ufrgs.br

IIDoutora em Sociologia/UFRGS, Professora do Instituto de Psicologia/UFRGS. jaquemim@terra.com.br

RESUMO

Este artigo toma o conceito de cotidiano como analisador operativo capaz de produção de leituras e de criação de modos de intervenção social. Ao pensar o cotidiano no âmbito das relações de poder e da constituição da autonomia, procuramos explorar os poderes invisíveis e as práticas anônimas na sua possibilidade de invenção, criação e transformação social. Consideramos como referência reflexiva uma proposta de estágio em Psicologia Social, a fim de problematizar a formação acadêmica e explorar as conexões entre trabalho e educação na produção de modos de intervir e de produzir conhecimento no campo social.

Palavras-chave: cotidiano, autonomia, formação acadêmica.

ABSTRACT

This paper takes up the concept of quotidian as an operative analyzer capable to produce readings and create forms of social intervention. We think of quotidian in the scope of the discussions concerning power and autonomy, seeking to explore invisible powers and anonymous practices in their potentiality for social invention, creation and transformation. We consider as a reference for reflection an internship proposal in social psychology, in order to query college schooling and explore the connections between work and education in the production of manners of intervention and production of knowledge in the social field.

Key-words: quotidian, autonomy, college schooling.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

REFERÊNCIAS

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1989. IBAÑES, T. Psicologia social construcionista. México: Universidad de Guadalajara, 1994.

MATURANA, H. R.; VARELA, F. J. De máquinas e seres vivos: autopoiese - a organização do vivo. Porto Alegre: Artes Medicas, 1997.

Texto recebido em 10 fev. 2002

Texto aprovado em 22 abr. 2002

1 Esse estágio surgiu no ano de 1998. Trata-se de um estágio alternativo aos anteriormente denominados "estágio de psicologia escolar" e "estágio de psicologia do trabalho". Tem uma duração de 18 meses, período no qual os alunos desenvolvem seu trabalho em uma sede institucional de alguma comunidade, a fim de alcançar a rede social aí existente - escola, centros comunitários, conselho tutelar, abrigos, postos de saúde etc. Ao final do estágio, além de uma monografia, o grupo organiza uma atividade de extensão universitária que pode ter um caráter de encontro científico ou de cursos de capacitação de agentes sociais.

2 No período relatado neste artigo, foram estagiários os seguintes acadêmicos: Alex Coromberque, Daniel Smith, Eliane Jover, Elizângela Zaniol, Laura Gonçalves e Paula Sandrini Leite.

3 Outra reflexão sobre esse estágio pode ser encontrada em COROMBERQUE, A. et al. Interrogações sobre o fazer psicológico. Entre Linhas, n. 6, jan./fev., 2001. Publicação do CRP 07.

  • CERTEAU, M. A invenção do cotidiano Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
  • FOUCAULT, M. Microfísica do poder Rio de Janeiro: Graal, 1989.
  • IBAÑES, T. Psicologia social construcionista México: Universidad de Guadalajara, 1994.
  • MATURANA, H. R.; VARELA, F. J. De máquinas e seres vivos: autopoiese - a organização do vivo. Porto Alegre: Artes Medicas, 1997.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Mar 2015
  • Data do Fascículo
    Jun 2002

Histórico

  • Aceito
    22 Abr 2002
  • Recebido
    10 Fev 2002
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