RESUMO
Este ensaio teórico objetiva problematizar as (a falta das) experiências estéticas da natureza no currículo e nas práticas escolares, e suscitar possibilidades de enfrentamento dessa ausência. Entendemos que as experiências estéticas~éticas~políticas2 2 O til remete ao compromisso ontológico de não dissociar esses conceitos. Para compreender mais sobre esse assunto, ver Payne (2017). são constituintes e não dissociadas nos emaranhados da vida, e que nossos corpos estão em constante correspondência com o mundo mais que humano. Iniciamos o manuscrito, resgatando os principais documentos globais e leis nacionais que orientam a educação ambiental nas escolas. A partir disso, discutimos a negligência das recentes políticas públicas em educação ambiental no âmbito da escola. Pautadas/os na corrente filosófica da ecofenomenologia, defendemos uma educação ambiental escolar menos antropocêntrica e que preconize, também, mais experiências estéticas na natureza. Assim, argumentamos sobre as limitações legislativas, configurações de espaço escolar e do currículo para que essa educação ambiental seja concretizada.
Palavras-chave:
Sensível; Educação formal; Afetividade; Ecofenomenologia; Educação ambiental