A concepção de meio ambiente tem uma relação direta com as práticas pedagógicas que serão elaboradas e a situação ambiental que vivenciamos hoje é imperativa no sentido de exigir que soluções sejam condizentes com a realidade. Nesse sentido, o sujeito ecológico tem seu alicerce embasado na corrente crítica de EA (Educação Ambiental), que concebe o meio ambiente em sua totalidade, considerando as complexas e conflituosas interfaces que permeiam a relação homem e natureza. Dessa forma, nos preocupamos nesta pesquisa em verificar quais são as concepções de meio ambiente dos educadores ambientais do Zoológico de Goiânia, verificar como isso é traduzido nas atividades e, por fim, verificar as contribuições desse espaço não formal de educação na formação do sujeito ecológico. Notou-se que as atividades do Zoológico de Goiânia estão alicerçadas em uma perspectiva naturalista e conservacionista, que compreendem o meio ambiente como natureza e como recurso. Assim, foram encontradas práticas simplistas e que reforçam a necessidade de adquirir comportamentos ditos ecologicamente corretos, bem como reconstruir uma ligação com a natureza, sem, contudo, contribuir com a formação do sujeito ecológico. Dessa forma, o zoológico como um espaço não formal de educação, não cumpre seu papel educativo, seu compromisso com a formação do cidadão crítico, ciente dos seus direitos e deveres sociais, capaz de intervir nas discussões sobre as questões ambientais em prol de uma sociedade mais justa e ambientalmente sustentável.
educação ambiental; sujeito ecológico; espaço não formal; zoológico