O texto parte do pressuposto de que os estudos de política curricular centrados no Estado empobrecem a análise por não darem conta da relação entre estrutura e agência. Apoia-se na teoria discursiva de E. Laclau e C. Mouffe para analisar as políticas curriculares como articulações hegemônicas em torno do preenchimento do significante qualidade da educação. Centra-se na análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais, especialmente os de Ciência e os Temas Transversais, tendo como foco articulações universalistas que buscam minar as demandas da diferença. Considerando que essas articulações podem ser percebidas pela análise dos textos curriculares tais como enunciados, a autora destaca duas estratégias utilizadas nos PCN: a criação de dois componentes curriculares, com a localização das demandas da diferença no menos institucionalizado deles; e as lutas por hegemonia no interior desse componente.
Currículo; Política de currículo; Diferença; Parâmetros Curriculares Nacionais; Ciências