RESUMO
Paulo Freire e Giovanni Gentile são dois educadores muito complexas, tanto no nível pedagógico como no filosófico. Ambos coletam a herança do pensamento idealista hegeliano, infundindo uma visão orgânica da humanidade e da sociedade em suas respectivas elaborações pedagógicas; mas, embora partindo de uma base filosófica em comum, eles chegam a resultados extremamente diferentes. O objetivo desta breve contribuição é mostrar, em linhas transversais, a dialética subjacente às ideias de Freire e Gentile, a fim de estimular futuras pesquisas comparativas sobre o significado e a influência das concepções filosóficas na prática pedagógica. Para entender quais ideias relacionam Freire, com sua ideia radical de liberdade pedagógica, e Gentile, reformador da escola hierárquica para o regime fascista italiano, foram considerados alguns trechos de obras fundamentais dos dois autores, em particular Extensão ou comunicação?, para o autor brasileiro, e A reforma da educação, entre outras, para o autor italiano. O resultado real é a heterogênese dos fins com os quais certas ideias semelhantes podem produzir resultados opostos.
Palavras-chave
Educação; Filosofia; Relação educacional; Escola; Sociedade